sábado, 27 de dezembro de 2014

Uma tigresinha

Toda brava.
Toda forte,
destemida.
Toda Linda.
Feroz. Seu rugido é de tigre.
... de um tigre novo.

Ataca com tudo!
Mas se algo foge ao seu controle,
Some. Esconde.
... arisca.

Se confundia ente a doçura e a rebeldia.
Se confundia entre a raiva e o carinho.
Só não se confundia em beleza.
... é a mais Bela tigresinha.

Seus olhos, ainda inocentes,
convidam ao seu universo.
Uma tentação e armadilha.
Sem nunca ter sido cruel.
... ainda

Seu apetite, esse é voraz.

O nariz se impunha
dando a ela o ar de felino,
de caçadora.

A boca delicadamente desenhada,
mais mortal que suas unhas,
mesmo que cravadas em suas costas.
... e se ela quisesse, ela cravaria.

Seus cabelos,
sua cor,
sua camuflagem.
... ela, ruiva.


A vontade de estar perto.
De poder ouvir. Olhar. Tocar.
E me render aos seus truques.

Olhos. Lábios. Pele.
e beijar
Por alguns instantes esquecer de tudo ...


... te beijar 


sábado, 18 de janeiro de 2014

Fui. Ou fomos.

O carro ficou longe.
Estava cheio deles.
Passamos por uma “multidão” até um canto quieto.
Do lado do rio.
Jogamos os sapatos para a outra margem.
(E ela joga muito mal).
Rimos.
Pulamos na água como se soubéssemos o que fazíamos.
Não sabíamos.
E não foi menos especial por isso.

Pisamos em “javalis”.
Nadamos até um “lá”.
Não conseguimos subir do outro lado.
Voltamos para a mesma margem de saída.
E rimos de nós mesmos.

Andamos.
Em outro ponto atravessamos.
As bolsas molharam um pouco.
Andamos.

Não fomos na casa abandonada,
Mas vimos a piscina abandonada.
Fizemos pique nique entre os pinheiros.
Mas sem toalha de mesa.
E furamos muito os pés pra chegar lá.
Comemos chocolate.
Tomamos água.
E criamos histórias.

Descobrimos a praia encantada.
Ficamos com medo do cara gigante que pula 2 vezes (como no vídeo game).
Fugimos dele.
Por isso achamos a praia.
E vimos o casal de velhinhos bem ao longe.
Ficamos calmos.
E sorrimos.

      Flor de marshmallow.
      Tubarões que voam como beija-flor
      e riem da gente.
      Uma cobra gigante, que talvez seja peixe.
      ... E não usamos drogas. Não precisa.

Passou-se o tempo.
Furamos os pés de novo.
Voltamos a travessia.
Não tinha mais ninguém.
Em lugar nenhum por ali.
Ótimo.
Atravessamos.
As bolsas molharam menos agora.

Ah! Os sapatos.
Ficaram para traz.
Desde o início do texto.
Atravessamos.
Procuramos por um tempo.
Achamos.
Atravessamos.

Faltava um sapato.
Rimos de nós mesmos.
Achamos. De novo.

O Sol virava lua.
Ficamos por lá.
Dentro d´agua.
E o calor virou frio.
E o abraço esquentava.
A lua ficou muito clara.
Mas ficou muito frio.
E nós saimos.

Descalço, o asfalto estava quente ainda.
A estrada vazia.
E nós andando a pé.

De volta ao carro.
Colocamos música.
Sorrimos.

E fomos

imensamente felizes !