O carro ficou longe.
Estava cheio deles.
Passamos por uma “multidão” até um canto quieto.
Do lado do rio.
Jogamos os sapatos para a outra margem.
(E ela joga muito mal).
Rimos.
Pulamos na água como se soubéssemos o que fazíamos.
Não sabíamos.
E não foi menos especial por isso.
Pisamos em “javalis”.
Nadamos até um “lá”.
Não conseguimos subir do outro lado.
Voltamos para a mesma margem de saída.
E rimos de nós mesmos.
Andamos.
Em outro ponto atravessamos.
As bolsas molharam um pouco.
Andamos.
Não fomos na casa abandonada,
Mas vimos a piscina abandonada.
Fizemos pique nique entre os pinheiros.
Mas sem toalha de mesa.
E furamos muito os pés pra chegar lá.
Comemos chocolate.
Tomamos água.
E criamos histórias.
Descobrimos a praia encantada.
Ficamos com medo do cara gigante que pula 2 vezes (como no
vídeo game).
Fugimos dele.
Por isso achamos a praia.
E vimos o casal de velhinhos bem ao longe.
Ficamos calmos.
E sorrimos.
Flor de marshmallow.
Tubarões que voam como beija-flor
e riem da gente.
Uma cobra gigante, que talvez seja peixe.
... E não usamos drogas. Não precisa.
Passou-se o tempo.
Furamos os pés de novo.
Voltamos a travessia.
Não tinha mais ninguém.
Em lugar nenhum por ali.
Ótimo.
Atravessamos.
As bolsas molharam menos agora.
Ah! Os sapatos.
Ficaram para traz.
Desde o início do texto.
Atravessamos.
Procuramos por um tempo.
Achamos.
Atravessamos.
Faltava um sapato.
Rimos de nós mesmos.
Achamos. De novo.
O Sol virava lua.
Ficamos por lá.
Dentro d´agua.
E o calor virou frio.
E o abraço esquentava.
A lua ficou muito clara.
Mas ficou muito frio.
E nós saimos.
Descalço, o asfalto estava quente ainda.
A estrada vazia.
E nós andando a pé.
De volta ao carro.
Colocamos música.
Sorrimos.
E fomos
imensamente felizes !